David Icke em 11/04/2009 Melbourne, Austrália

Adaptado:
      Somos a consciência – todos nós a somos, e sempre a seremos. Não há nada a temer. Independente do que aconteça, sempre seremos isso.
      Os temores na mente são programados para amedrontar. Quando somos conscientes, não há o que temer.
      Um balançar de cabeça. Patético... E nos temos que fazê-lo: acatar as ordens. Precisamos, na verdade, é desafiar esses temores. Sem violência e sem agressividade. Só devemos deixar de guerrear. Devemos ir embora, pois sem o nosso consentimento, a conformidade não pode sobreviver.
      Sabem, quando se observa uma pirâmide, nós somos manipulados à acreditar que o poder na pirâmide fica no topo. Mas não é bem assim. O topo da pirâmide só está ali pois é sustentado por todo o conjunto. Estamos sustentando tudo isso juntos.
      Esta é uma história que contei há muitos anos, sobre um comediante britânico chamado Larry Grayson, que faleceu, e fui ao seu velório em Covent Gardens, onde “este outro” comediante, para render um tributo à aquele, leu uma história que Larry Grayson havia lhe contado.
      Quando iam em apresentações de variedade, nos teatro da década de 1960, o show era totalmente masculino... E Larry Grayson era a única mulher ali, pois ele ficava vestido de mulher.
      Ele contou que, ao final da apresentação, na última cena, todos os homens ficavam vestidos de marinheiros, e cantavam “Viva ao Reino Unido, Reino Unido reina sobre os mares”(e eu me alegro muito por isso)… A medida que se reuniam, Larry Grayson chegaria vestido como um britânico, com capacete e escudo, e galgaria pela lateral da pirâmide até ao topo para o grande final.
      Numa certa noite, onde tudo ia aparentemente bem, um marinheiro no canto interior esquerdo começou a tossir. E essa tosse foi piorando a tal ponto que não era mais possível para o marinheiro sustentar a pirâmide, e ele abandonou a formação. Larry Grayson, que simbolizava a elite no topo da pirâmide, foi parar na segunda fila. A elite, o cerne do poder, não poderia esperar por isso. Um marinheiro que tossia na base da pirâmide, e tudo entrou em colapso.
      Quando eu escutei essas palavras, pensei comigo: “Oh, meu Deus, é isso!” Nós somos as pessoas sem poderes que sustentam as pessoas com poderes, e estas sabem disso. O maior temor delas é que nós também percebamos isso. Lembram-se daquele filme, em desenho animado, “Uma vida de inseto”? É a história sobre um formigueiro onde os gafanhotos vinham, todos os anos, para levar toda a comida ali armazenada. As formigas tinham que passar o ano todo recolhendo comida, pois estavam aterrorizadas pelos gafanhotos. Não haviam muitos gafanhotos.
      Então, um certo dia, esses gafanhotos estavam de férias numa árvore, tendo toda a comida que precisavam. Alguém, entre os gafanhotos de baixa patente, sugeriu que eles não precisariam ir ao formigueiro naquele ano, já que eles tinham toda a comida que precisavam. Logo em seguida, o líder dos gafanhotos vem discursar sobre a vida, quando poucos ficam no controle de muitos. É um belíssimo discurso (Se puderem ver esse filme, “Uma vida de inseto”, eu lhes recomendo).
      Ele basicamente disse: “As formigas nos superam em 100 para 1. Se elas perceberem isso, nos estilo de vida acabará. Então temos que mantê-las sob pressão, nós temos que mantê-las trabalhando, trabalhando, trabalhando... Para que elas não se percebam a dimensão da força que possuem.” É por isso que esta rede de manipulação trabalha arduamente para nos manter nessa condição.
      Como eu disse anteriormente, são as pessoas que deixam suas próprias casas, adjudicadas para bancos que causam o desemprego, são aquelas que precisam sair de suas próprias casas... Permaneçam! Recusem-se a sair. Causem dificuldade para eles. Os exponham pelo que eles fazem.
      Façamos isso com naturalidade: Uma dança da não obediência. Não façamos mais o que só nos foi imposto à fazer.
É justo? É certo? OK, farei isso!
É injusto? É incorreto? Não farei isso!

      Temos que começar a tomar decisões sobre o que fazer, e o que não fazer, nos baseando em nossos valores ao invés de imposições de homens de terno e gravata.
      Estas pessoas irão conceder-me, garantir-me, ou privar-me da minha liberdade? Eu sei o que sou... Vocês não podem garantir a minha liberdade. Ninguém pode garantir a minha liberdade...
Eu sou a liberdade! É isso o que sou.

      A grande questão é: o que a consciência faria? O que a consciência faria numa situação dessas? E quando fizermos essa pergunta, a nossa forma de ver o mundo realmente irá mudar. Não é pensar em algo do tipo: “Oh, o que a consciência faria?” Sabem, esta é uma grande frase:
Se não é certo, não faça; se não é verdade, não diga. (Marcos Aurélio)
      Transformariámos o mundo da noite para o dia se começássemos a fazer o que acreditamos ser o correto, ao invés daquilo que pensamos ser o adequado. Não importa as consequências disso ou que seria o melhor para você: “O melhor é meu e o resto é do resto...”
      O que é o certo? O que é justo numa situação dessas? Se começarmos a agir dessa forma transformaremos o mundo da noite para o dia. São coisas muito simples: Se nós queremos um mundo de paz, então é necessário sermos pacíficos. Não precisamos nos degladiar por isso. Sendo pacíficos faremos com que o respeito floresça. Se queremos um mundo de bondade, é necessário sermos gentis. Não precisamos nos degladiar pela bondade.
      Como Martin Luther King disse, numa memorável oratória:
A covardia pergunta: ‘É seguro?’
A conveniência pergunta: ‘É político?’
A vaidade pergunta: ‘É popular?’
Mas a consciência... A consciência pergunta: ‘É certo?’
Chega um momento em que alguém há de adotar uma posição que não seja segura, nem política, nem popular. Há de adotá-la porque é o certo.”
      Mesmo que não seja assim, o ‘certo’ irá se manifestar por definição. E nós estamos num contexto, onde as vibrações de mudança vêm ganhando espaço, onde podemos quebrar a casca do ovo. Onde podemos começar a desenvolver plenamente o que somos. Onde podemos ser a consciência “no agora”, usando a “mente” para experimentar a realidade ao invés de sermos governada por essa.
      Gire a chave para que a consciência possa entrar. Se esta oportunidade nos é oferecida, não podemos mais dizer que não sabemos quem somos, que não sabemos o que fazer.
      Eu estava quase acordando num certo dia, e vi em meu sonho a imagem de uma Terra aprisionada, e, num enorme cadeado, uma chave sendo girada. Navegando na internet um pouco depois disso, eu encontrei, numa incrível coincidência, uma imagem idêntica ao que eu havia vislumbrado naquele sonho.
      Esta é a chance que nos é oferecida nesse instante, de girar a chave-mestra, tornando-nos a consciência, e dar um fim à tudo isso.
      Esta é a chance que nos é oferecida nesse instante. E para aceitá-la só precisamos dizer “CHEGA!”. Chega de ser escravizado por ‘essa gente’, chega de ser escravizado por uma ignorância manipulada, chega de ser escravizado por medo de sermos quem nós somos! Chega!
É tempo de voar!

screen

3 comentários:

jef-link disse...

nossa ...
que reflexão inteligente, não tem nem o que pensar, ele está certíssimo.
David Icke, ele praticamente narrou a história da humanidade, desde sempre foi assim, as pessoas agarradas a essa corrente de desilusão, buscando o inalcançável, mas é inalcançável porque quem está no topo da piramide quer que seja, ou mesmo se você alcançar, você vai continuar sendo a base e provavelmente não ligará pra isso.
Afinal como ele já disse nós sustentamos essa piramide, e como você mencionou ventania , eles deixam as pessoas ocupadas e preocupadas, tirando assim atenção delas para o verdadeiro problema. Assim as pessoas ficam alienadas nas suas vidas cotidianas sem prestar atenção ao seu redor, sem saber que ele é que faz a diferença.
Infelizmente hoje o mundo é assim, as pessoas já estão acostumadas e acomodadas com a mesmice e só reagem a situações extremas, como no caso da Líbia. Já há outros casos que está tão enraizado o costume de ser a base, que não gostariam de sair dela como no caso da Coréia do Norte.

eu acho que viajei um pouco mas a ideia principal está aí.

eu mesmo estou preso nisso, e é muito difícil se libertar, mas eu já havia elaborado hipóteses pra sair desse ciclo vicioso. Espero que com esse Novo ano eu consiga me libertar dele.^^

- encontrei esse site hoje, e achei bem legal os projetos que vocês estão fazendo, apesar deu não ter visto nenhum deles, mas já gostei das screens.^^

espero que esse ano nós consigamos mudar.

bye o/

Anônimo disse...

Muita gente gosta de citar o caso da Coréia, mostrar vídeos sobre a choradeira que foi na ocasião da morte do ditador e tals... ficam criticando o povo coreano...

Uma certa vez, um cara muito inteligente disse o seguinte : "Aquele q estiver sem pecado, atire a primeira pedra..."

É fácil querer mudar o mundo... difícil mesmo é mudar a si próprio... ¬¬

Muita gente critica a Coréia, todo mundo esquece que eles vivem sob uma ditadura assumida... não uma ditadura disfarçada de domocracia... e acho q nem preciso citar exemplos dessa tal ditadura disfarçada... preciso ????

Eles não tem escolha... e o governo deles não faz questão de esconder os podres... se não chorar, toda a família vai ser executada em praça pública, sem julgamento prévio... simples assim...

Eu não sou hipócrita... não quero mudar o mundo... muito menos morrer por ele...

A cada dia que passa, os poderosos se tornam mais poderosos e arbitrários... A cada dia que passa, quem realmente pensa, conclui que nem mesmo pensar vale mais a pena...

E o movimento hippie, e a queda do muro de Berlin, e os cara pintadas... e ... o que mais mesmo...

A verdade é q tudo acaba caindo no esquecimento, menos as trivialidades e futilidades do ser humano... a verdade é q o ser humano só vive de aparência... literalmente...

Até hoje eu me pergunto : Onde Deus estava com a cabeça qdo criou a humanidade ???? e olha q eu creio q Deus é perfeito... e sabe o que faz... rsrsrsrsrs...

VentaniaCWB disse...

@jef-link e @Witchblade, obrigado por compartilharem seus pontos de vista. Gostei muito de ler suas opiniões ^^

A vida está constantemente se movimentando. Mudar, evoluir... É uma questão de tempo.
Evoluir sim. Pois o mundo pode "engolir" e anular muitas coisas importantes. Como diria Rui Barbosa:

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."

Temos que contrapor essa opressão mascarada que o mundo nos impõe. Temos que dar um basta nessa deturpação alienante que nos rodeia.
Está mais do que na hora de dizer 'chega'!

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